Presidente do Tribunal Regional Eleitoral apresenta o Cidadania Plena, projeto criado para que pessoas com dificuldades não deixem de votar, levando até elas as urnas eletrônicas.
“Por que a faixa etária dos 70 e mais anos não era buscada a participar do processo eleitoral?”. Este questionamento foi levantado durante a participação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Wellington Emanoel Coimbra de Moura, na sessão plenária da tarde desta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa do Paraná.
A fala dele, convidado pela Mesa Executiva do Legislativo, esclareceu que com ações amplas cada vez mais haverá menos gente excluída do processo eleitoral no estado. O desembargador apresentou aos parlamentares, o projeto Cidadania Plena que leva as urnas eletrônicas (e mesmo sessões eleitorais) às comunidades que, porventura, não consigam ir até elas.
“Os com mais de 70 anos estavam à margem e longe da cidadania. Do eleitorado paranaense, eles correspondem a 8%, enquanto os jovens são 1%”, explicou o desembargador. O Cidadania Plena atende especialmente àqueles que estão em casas de longa permanência, ou que estejam hospitalizados, inclusive dando a possibilidade de o corpo clínico do hospital votar no local.
O Projeto atenderá ainda a quilombolas e indígenas. As sessões eleitorais irão a aldeias e quilombos, nos dois turnos de votação de 2022, atendendo a mais de dois mil cidadãos. Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), o projeto oportuniza que todos os paranaenses exerçam integralmente sua cidadania. “É um projeto fantástico que dá às pessoas que tem dificuldades a oportunidade de votar, seja por estarem acamadas ou em qualquer outra situação. O TRE irá até o local onde essas pessoas estejam para permitir que elas votem. É uma iniciativa muito democrática que merece o elogio do Poder Legislativo”, afirmou Traiano.
Parceria – No mês de abril a Assembleia Legislativa do Paraná e o Tribunal Regional Eleitoral assinaram termo de cooperação em ações que preveem adoção de medidas para desestimular e denunciar redes de desinformação, condutas ilegais em campanhas eleitorais e o envio de disparos em massa em desacordo com a legislação.
A parceria acontece no âmbito do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação da Justiça Eleitoral que reúne 100 instituições públicas e privadas, além das principais plataformas digitais que atuam no país, no enfrentamento dos efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia.
A Assembleia Legislativa e o TRE-PR já atuam de forma conjunta no combate à desinformação desde as Eleições 2020. As instituições se uniram no Projeto Gralha Confere para checagem de conteúdos suspeitos relacionados ao processo eleitoral, à segurança do voto eletrônico e à legitimidade da Justiça eleitoral.